O incrível mundo das cobras está cheio de informações fascinantes!
A medida que exploramos seus vários habitats, descobrimos que as serpentes exibem uma ampla e diversa variedade de comportamentos.
Por exemplo, algumas espécies prosperam em ambientes aquáticos, seja água doce ou água salgada. Outras são predominantemente terrestres e devem navegar em terrenos complexos e obstáculos para encontrar sua presa. Da mesma forma, algumas cobras se adaptaram à vida nas árvores e podem se mover com graça fluida de galho em galho, enquanto outras preferem se enterrar na terra e esperar por presas desprevenidas para passar.
Além disso, existem cobras crípticas que são mestres de camuflagem e difíceis de detectar em seu ambiente natural. Todas essas variações evidenciam a notável adaptabilidade dessas criaturas e as diversas maneiras pelas quais elas evoluíram para sobreviver na natureza.
As serpentes aquáticas são aquelas encontradas em rios, lagos ou cursos d´água. Como exemplo temos obviamente as cobras dáguas (Helicops), as sucuris e até uma espécie de coral verdadeira. Elas normalmente apresentam seus olhos e suas narinas na parte de cima da cabeça, o que permite que elas possam enxergar e respirar praticamente quase toda submersa. Algumas espécies apresentam uma adaptação ainda maior para a natação que é a presença de uma válvula nas narinas que impede a entrada da água quando elas mergulham.
As serpentes marinhas são aquelas que vivem principalmente no mar e são espécies peçonhentas. Serpentes marinhas não ocorrem no Brasil, visto que seu ambiente são as águas dos oceanos Indico e Pacífico.
Um alerta: é possível que serpentes peçonhentas, como as jararacas, ocasionalmente entrem no mar isso não as torna “marinhas” pois não é o ambiente natural delas. Por isso você já teve ter lido noticias sobre aparecimento de cobras nas praias. Não confunda esse tipo de aparecimento com o hábito regular das serpentes.
Vamos seguir: Algumas espécies são terrícolas, ou seja, passam a maior parte da sua vida no chão e lá caçam seu alimento. São inúmeros exemplos, como as surucucus, as cascavéis e tantas mais.
Outras são fossoriais, ou seja, tem hábitos subterrâneos, vivendo enterradas, o que dificulta sua visualização. Elas apresentam visão menos desenvolvida com olhos vestigiais. Essa forma de vida trás mudanças também na boca, localizada na região inferior da cabeça e com menor abertura, impedindo a entrada acidental de detritos. Como exemplo temos as corais verdadeiras e as cobras-cegas da família Typhlopidae.
Temos serpentes que são arborícolas, ou seja, que vivem sobre a vegetação, árvores e arbustos e dificilmente descem ao solo. Uma característica comum às serpentes arborícolas é a cauda ser extremamente longa, o que facilita sua apreensão nos galhos das árvores e seu deslocamento por eles. Tanto serpentes peçonhentas, como a jararaca verde , como não-peçonhentas, como a cobra cipó podem ter esse tipo de hábito.
Algumas são semi-arborícolas, o que significa que elas caçam suas presas sobre a vegetação, mas também descem ao solo ocasionalmente. Como exemplo temos algumas espécies de cobra-verde.
Cobras também podem ser criptozóicas, ou seja, ter suas atividades dentro da serapilheira, o que dificulta sua visualização.