Serpentes Brasileiras

Captação de calor pelas serpentes

Fosseta loreal nas serpentes

Fosseta Loreal

Fosseta Loreal

As serpentes possuem um órgão sensorial especial chamado de fosseta loreal (passe o mouse na foto), que desempenha uma função crucial para sua sobrevivência. A fosseta loreal é um pequeno orifício localizado entre o olho e a narina de algumas serpentes, e é responsável pela detecção de calor infravermelho. Elas são pequenas aberturas com um tecido especializado no interior, que é altamente sensível às mudanças de temperatura.

A FUNÇÃO DA FOSSETA LOREAL

A função principal da fosseta loreal é permitir que as serpentes detectem e localizem fontes de calor, especialmente as presas. Ela atua como um sensor térmico altamente sensível, permitindo que as serpentes identifiquem a radiação térmica emitida pelos corpos quentes ao seu redor.

Essa característica é particularmente útil para serpentes peçonhentas que dependem da caça ativa para se alimentar. Através da fosseta loreal, essas serpentes conseguem detectar a presença de pequenos mamíferos, aves ou outros animais homeotérmicos mesmo em condições de baixa visibilidade, como no escuro ou em ambientes com vegetação densa.

A fosseta loreal é encontrada apenas nas serpentes da subfamília Crotalinae, que inclui jararacas, cascavéis e surucucus.

Quando uma serpente peçonhenta se aproxima de uma presa, a radiação de calor emitida pelo animal é captada pelas fossetas loreais. Essa informação é transmitida para o cérebro da serpente, permitindo que ela localize com precisão a presa e direcione seu ataque.

FISIOLOGIA

A fisiologia envolvida na captação de calor pelas serpentes peçonhentas é complexa. A fosseta loreal é composta por uma membrana fina e altamente vascularizada, contendo terminações nervosas especializadas chamadas de órgãos neurosensoriais. Esses órgãos são sensíveis a mudanças mínimas de temperatura pois podem detectar até mesmo pequenas variações de alguns milésimos de graus Celsius.

Uma vez que o calor é detectado pelas fossetas loreais, os sinais são transmitidos para o cérebro da serpente através de nervos específicos. Esses sinais são interpretados pelo cérebro, permitindo que a serpente localize a presa e determine a direção em que deve se mover para atacá-la com precisão.