A Cobra bicuda, Oxybelis aeneus (Serpentes, Colubridae), é uma serpente arborícola, de coloração amarronzada, longa e delgada, características que a tornam bem semelhante a um galho seco.
Serpente não peçonhenta mas com dentição opistóglifa.
Pode ser encontrada em todos os estados brasileiros, exceto PR, SC e RS.
Em muitas regiões ela é também conhecida como cobra cipó, reforçando as características de um cipó, pois esse animal tem o comportamento de ficar parado e suspenso entre os galhos das árvores e se balançando com o vento que bate em seu corpo, o que lhe permite ficar bem camuflada a espera de uma presa desatenta.
Sua alimentação é composta principalmente por lagartos, mas também pode comer anfíbios e pássaros.
Apesar de ser encontrada durante todo o ano, ela é mais abundante no período seco, quando as temperaturas médias são maiores e as chuvas mais escassa.
Essa serpente é diurna, com maior intensidade de atividade entre os 31°C e 35°C.
Durante seu período de atividade, esses animais usam galhos mais baixos e mais lisos para forragear, trocando de preferência durante a noite, onde preferem descansar em galhos mais altos (provavelmente para aproveitar os primeiros raios de sol da manhã para se aquecer) e mais espinhosos (que conferem maior proteção contra predadores, evitando ataques-surpresa durante seu sono).
A cauda é longa e é maior que 30% do seu comprimento total
Fêmeas dessa espécie são maiores que os machos. A fêmea atinge 2m enquanto o macho não ultrapassa 1,4m. Isso pode ser resultado da pressão seletiva de carregar os ovos, visto que as fêmeas dessa espécie podem produzir até nove ovos por ninhada.
Algumas histórias e crenças populares cercam esse animal. Uma delas diz que se você for mordido por uma Cobra-Cipó irá morrerá seco e esguio igual a ela! Com certeza uma crença muito exagerada para uma serpente que não é peçonhenta e não representa perigo aos humanos.
Mas talvez essa lenda tenha surgido por medo de sua boca muito escura e grande, a qual ela abre quando se sente ameaçada na tentativa de afugentar seus predadores. O fato é que essa é uma das serpentes mais abundantes que pode ser encontrada nas caatingas.
Suas defesas são escancarar a boca, exibindo a mucosa bucal e soltar uma descarga cloacal.
Reprodução ovípara com postura de 4 a 8 ovos
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